O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), com o julgamento começando nesta sexta-feira (14). A denúncia contra ele, relacionada a coação, ocorre em um momento em que Eduardo não comparece ao processo, preferindo se manter nos Estados Unidos e não constituindo advogado para sua defesa. A Defensoria Pública da União (DPU) declarou que vai atuar para defender o parlamentar no tribunal. Segundo ministros do STF, se o processo for aberto, ele poderá ser instruído no primeiro semestre de 2026, com uma possível conclusão antes das eleições, embora a Câmara dos Deputados tenha o poder de suspender a ação penal.

O julgamento se concentra em avaliar se a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresenta indícios suficientes para justificar a abertura de um processo penal. O ministro-relator Alexandre de Moraes será o primeiro a votar, e os demais integrantes da Primeira Turma do STF têm até 25 de novembro para apresentar seus votos. Eduardo e o jornalista Paulo Figueiredo são acusados de tentarem intervir em processos judiciais relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, usando contatos com autoridades dos Estados Unidos. A PGR considera que a dupla cometeu coação ao ameaçar autoridades para influenciar decisões judiciais.

Para quem se interessa em acompanhar o desenrolar desse caso, as sessões do STF são transmitidas ao vivo pelo site do tribunal. Além disso, denúncias podem ser feitas através dos canais oficiais da DPU. Nos próximos dias, o andamento do processo dependerá das decisões do STF e da Câmara, que pode influenciar a tramitação da denúncia.