Na última quarta-feira (12), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, enfrentou críticas durante uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde discutiu sua recondução ao cargo. Apesar das contestações, a comissão recomendou a aprovação de Gonet, que acabou sendo confirmado pelo Senado com 45 votos, apenas quatro a mais do que o necessário. Entre os senadores que questionaram Gonet estavam Jorge Seif e Flávio Bolsonaro, ambos do PL, que criticaram a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.

Seif, por exemplo, ressaltou que há uma aparente incoerência na forma como a Justiça trata as situações de Bolsonaro e de outros acusados, questionando a independência da PGR em relação às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Flávio Bolsonaro também expressou seu descontentamento com a recondução de Gonet, afirmando que ele teria aceitado que o Ministério Público fosse desvalorizado e que parecia estar seguindo ordens de ministros do STF.

Em sua defesa, Gonet afirmou que as ações da PGR são baseadas em critérios técnicos, não políticos, e que ele respeita todos os envolvidos em investigações. Ele também revelou ter pedido o arquivamento de algumas investigações sobre Bolsonaro, o que demonstra sua postura neutra em alguns casos. Além disso, apresentou apoio de membros da ANPR, reforçando que está aberto ao diálogo com os senadores.

Para quem quiser acompanhar mais de perto as discussões e decisões relacionadas à PGR e ao Senado, é possível acessar a agenda de votações e documentos oficiais nos sites das respectivas instituições. Fique atento às próximas audiências públicas e tramitações que podem acontecer nas próximas semanas, especialmente em relação ao trabalho da PGR e suas implicações na política nacional.