Recentemente, o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que atua como relator do projeto de lei antifacção, enfrentou uma série de críticas por parte de líderes do centrão. O projeto é visto como uma das principais iniciativas do governo Lula (PT) na área de segurança pública. Derrite tentou inicialmente reduzir as competências da Polícia Federal, mas essa proposta gerou uma reação negativa tanto de aliados quanto da oposição, levando-o a recuar e adotar algumas sugestões do Executivo. A pressão foi tão forte que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar a votação do texto para a próxima terça-feira, dia 18.
Os governadores e parlamentares expressaram suas preocupações, argumentando que a proposta de Derrite poderia trazer mais complicações. O clima ficou ainda mais tenso com a repercussão nas redes sociais, onde a oposição começou a comparar a atuação do deputado à controversa PEC da Blindagem. Essa situação levou os líderes do centrão a acreditarem que o governo estava em uma posição delicada em relação à segurança pública, especialmente após declarações polêmicas de Lula sobre traficantes e a operação que resultou em um grande número de mortes no Rio de Janeiro.
A frustração dos líderes do centrão se acentuou pela forma como Derrite conduziu a situação. Eles comentaram que, normalmente, iniciativas controversas são discutidas em grupo antes de serem tornadas públicas, algo que não aconteceu neste caso. Derrite, sendo considerado um especialista em segurança pública, acreditou que poderia agir de forma independente, mas isso acabou gerando descontentamento. A preocupação agora é que essa situação possa impactar negativamente o grupo político do qual Derrite faz parte, especialmente com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando.
Para quem deseja acompanhar as discussões sobre o projeto, é possível acessar os canais oficiais da Câmara dos Deputados e conferir as sessões ao vivo. A população também pode entrar em contato com os representantes locais para expressar suas opiniões ou dúvidas sobre o tema. O próximo passo será a votação do projeto, que já está marcada, e pode incluir audiências públicas para debater as implicações da proposta.