Na última sexta-feira (7), o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) foi escolhido como relator de um projeto de lei antifacção que busca fortalecer a segurança pública. No entanto, a inclusão de mudanças nas competências da Polícia Federal (PF) no relatório inicial gerou uma série de críticas. O governo e aliados, preocupados com a repercussão negativa e a crise de segurança no Brasil, passaram a contestar a proposta, que poderia desidratar a atuação da PF no combate ao crime organizado.
A proposta de Derrite sugere tratar facções criminosas como grupos terroristas, mas também propõe uma redução das competências da PF, algo que vem sendo visto como um retrocesso por especialistas e representantes da sociedade civil. O governo, por sua vez, intensificou a comunicação contra o relatório, utilizando vídeos explicativos nas redes sociais e orientando seus membros a se manifestarem contra as mudanças. De acordo com fontes governamentais, a defesa da PF é um tema que ressoa com a população.
Nesta terça-feira (11), após a pressão pública, Derrite recuou em relação a alguns pontos controversos do relatório, especialmente sobre o papel da PF. Ele afirmou que as alterações foram feitas para atender à população, reforçando que não houve consulta ao governo para essas mudanças. Apesar das críticas, aliados de Derrite o apoiaram e destacaram a importância de sua postura técnica em meio a um debate político acalorado.
Agora, a votação do projeto está agendada para esta quarta-feira (12), e a expectativa é que a oposição tente modificar o texto novamente. Para acompanhar as sessões e outras informações, o público pode acessar o site da Câmara dos Deputados ou os canais oficiais de comunicação. A movimentação em torno do projeto e as possíveis alterações ainda devem ser monitoradas, já que a situação continua em desenvolvimento.