A Nova Frente Negra Brasileira (Nova FNB) está correndo atrás de reativar o único partido político que já existiu no Brasil com foco nas demandas da população preta e parda. A FNB foi criada em 1931 em São Paulo e, depois de se tornar um partido em 1936, foi extinta pela ditadura de Getúlio Vargas, que baniu as organizações políticas. Segundo Tadeu Kaçula, coordenador nacional da Nova FNB, a Justiça Eleitoral precisa esclarecer o que aconteceu com a sigla, que nunca foi oficialmente desfeita. Hoje, a Nova FNB conta com cerca de 5.000 membros em 20 estados.

O movimento começou a dialogar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, quando Edson Fachin, na época presidente do TSE, recebeu a proposta. Kaçula argumenta que a homologação da FNB nunca foi revogada, o que, na visão do grupo, significa que o partido ainda existe. Recentemente, a organização teve uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir os procedimentos necessários para apresentar uma tese que busque a reativação formal do partido.

Para quem quer acompanhar o andamento desse processo, as sessões do TSE e do STF estão disponíveis online, e há canais para denúncias e sugestões. Documentos e informações sobre a tramitação podem ser acessados nos sites oficiais dos tribunais. Enquanto isso, a Nova FNB se prepara para levar sua demanda ao STF, com o objetivo de obter um julgamento favorável e, assim, reativar uma sigla que teve um papel significativo na luta por direitos no passado. O próximo passo é continuar avançando nas discussões e audiências para garantir que a proposta seja apreciada nas instâncias competentes.