O clima esquentou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, onde o deputado federal Duarte Jr (PSB-MA) acusou o deputado estadual Edson Araújo (PSB) de ameaçá-lo durante uma conversa pelo WhatsApp. A troca de mensagens aconteceu após o depoimento do presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Linconl Ferreira, no dia 3 de outubro. Araújo, que é vice-presidente da confederação investigada, foi mencionado na Operação Sem Desconto, que apura fraudes que prejudicaram aposentados ao descontar mensalidades não autorizadas de seus benefícios.

Duarte Jr. relatou que a conversa com Araújo se tornou tensa após questionamentos sobre a destinação de mais de R$ 3,5 milhões que foram parar na conta do deputado estadual e R$ 1,5 milhão em contas de seus assessores. O deputado estadual teria respondido com ofensas, chamando Duarte de “palhaço” e fazendo uma afirmação ameaçadora: “Nós ainda vamos nos encontrar”. Diante das ameaças, Duarte Jr. registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa Federal e pediu reforço na segurança para ele e sua família ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O PSB do Maranhão se manifestou, informando que o pedido de processo disciplinar contra Araújo será analisado pelo Conselho de Ética do diretório estadual. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), também confirmou que o pedido de proteção a Duarte Jr. está sendo atendido, sem necessidade de votação em plenário. Para acompanhar mais sobre o caso e outras ações da CPMI, o público pode acompanhar as sessões pelo site oficial da Câmara dos Deputados e utilizar canais de denúncia disponíveis.