O TRE-GO (Tribunal Regional Eleitoral de Goiás) decidiu, por unanimidade, aceitar um recurso de Pablo Marçal (PRTB) nesta quinta-feira (6) e revogar uma ação que o tornava inelegível por suposto abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024. Marçal, que já foi candidato à Prefeitura de São Paulo, havia sido acusado de oferecer vídeos em apoio a candidatos a vereadores em troca de doações, solicitando valores de R$ 5.000 via Pix para ajudar em sua campanha.
A condenação inicial ocorreu em fevereiro, após uma ação protocolada pelo PSB e pela coligação de Guilherme Boulos (PSOL), seu concorrente. Naquela ocasião, a Justiça Eleitoral impôs uma pena de inelegibilidade de oito anos, alegando abuso de poder e captação ilícita de recursos, mas Marçal decidiu recorrer. Durante o julgamento, o relator, juiz Cláudio Langroiva Pereira, afirmou que não havia provas suficientes para a condenação, destacando que, embora o vídeo tivesse conteúdo ilegal, não era suficiente para justificar a punição. Ele também observou que a defesa conseguiu comprovar a devolução dos valores recebidos.
Além disso, o TRE-GO começou a analisar outro processo que também tornava Marçal inelegível, movido pelo PSB, onde ele foi acusado de criar um esquema para monetizar eleitores que compartilhassem vídeos nas redes sociais. Nesse caso, o relator aceitou parcialmente o recurso, mantendo a inelegibilidade de oito anos por uso indevido dos meios de comunicação, mas rejeitando a condenação por captação ilícita de recursos. O julgamento foi suspenso e será retomado no dia 4 de dezembro.
Para quem quiser acompanhar as sessões do TRE-GO ou se informar sobre denúncias e processos, é possível acessar o site oficial do tribunal ou acompanhar as redes sociais da instituição.