O partido Missão, vinculado ao MBL, teve seu registro aprovado pelo TSE nesta terça-feira (4). Com essa conquista, a sigla planeja lançar candidaturas à Presidência e a governos estaduais, buscando ampliar sua presença no cenário político, especialmente entre os jovens que se sentem insatisfeitos com as opções atuais. O futuro presidente do partido, Renan Santos, criticou a postura de outros partidos de direita, que, segundo ele, estão focados em anistiar o ex-presidente Bolsonaro, e afirmou que o Missão não compartilha dessa visão.
No passado, o MBL já havia rompido com Bolsonaro durante seu mandato e, em 2021, o deputado Kim Kataguiri lançou uma candidatura à presidência da Câmara com foco no impeachment do então presidente. Renan Santos destacou que o Missão se diferencia ao abordar questões como a reurbanização de favelas, conhecida como “desfavelização”, e busca se conectar com um público jovem que se identifica com uma agenda liberal-conservadora. Ele afirmou que o partido não pretende atrair figuras conhecidas de outras legendas, mas sim buscar novos candidatos que se comprometam com suas propostas.
Para quem quer acompanhar as atividades do Missão, as sessões do partido e outras informações estão disponíveis nas redes sociais e em seu canal no YouTube, onde influenciadores ligados ao grupo já têm ganhado destaque. Além disso, o partido está em busca de mais apoio popular e pretende realizar audiências públicas para discutir suas pautas. Renan também se mostrou cético quanto a possíveis alianças com bolsonaristas, afirmando que a divisão na direita não deve ser vista como um favorecimento à esquerda, mas sim como uma necessidade de oferecer alternativas reais ao eleitorado.