Na última semana, após uma operação policial que resultou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro, aliados do governo Lula (PT) em Goiás e outros estados começaram a se mobilizar em torno da segurança pública, um tema que promete ser central nas eleições de 2026. O movimento ocorre em meio a críticas da oposição e a uma união de governadores conservadores, que defendem uma abordagem mais rigorosa no combate ao crime. De acordo com analistas, o governo busca um equilíbrio entre o combate ao crime organizado e a proteção dos direitos humanos, mas tem enviado mensagens contraditórias à sociedade.
Nos estados da Bahia e do Ceará, por exemplo, os governadores têm tentado navegar entre a necessidade de ações policiais efetivas e a preservação dos direitos dos cidadãos. O governo federal, por sua vez, se apressou em enviar ao Congresso o Projeto de Lei Antifacção, que propõe a criação do tipo penal de “organização criminosa qualificada”, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. Felipe Freitas, secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, ressaltou que é possível enfrentar o crime sem gerar um aumento significativo no número de mortes.
Para quem quiser acompanhar as discussões sobre segurança pública, as sessões legislativas podem ser acompanhadas pela internet, e a população pode fazer denúncias através de canais oficiais disponíveis nos sites dos governos estaduais. Documentos e propostas também ficam acessíveis para consulta pública.
Os próximos passos incluem a tramitação do PL Antifacção e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Audiências públicas devem ser convocadas para discutir essas questões nos estados, enquanto a pressão da oposição tende a aumentar, principalmente em um cenário onde a segurança se torna um tema recorrente nas campanhas eleitorais.