Recentemente, houve polêmica em Goiás após a exoneração de Décio Ventura, ex-prefeito de Ilha Comprida, que foi indicado para um cargo na equipe do governador Tarcísio de Freitas. Ventura, que já foi prefeito por quatro mandatos, foi nomeado para chefiar a divisão regional de Registro na Secretaria de Governo, função que envolve a articulação entre as prefeituras e o governo estadual. No entanto, sua indicação gerou críticas porque ele é considerado ficha suja pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que o impede de disputar eleições até 2030. A exoneração ocorreu apenas 18 dias após sua nomeação, quando a Folha de S.Paulo questionou a gestão sobre o caso.
Durante seu tempo como prefeito, Ventura enfrentou problemas com órgãos de controle, tendo suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2010, 2013 e 2014. Embora a Câmara Municipal tenha inicialmente decidido não rejeitar as contas, em 2017 houve uma mudança, resultando em sua inelegibilidade por oito anos. Além disso, ele dirigiu uma agência que recebeu recursos públicos, mas que foi extinta após não prestar contas adequadamente, conforme o TCU. Ventura é mencionado em quatro processos no portal de Contas Irregulares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após sua exoneração, Ventura se manifestou, afirmando que sua experiência na administração pública era significativa e que os problemas enfrentados foram de natureza política, não técnica. O governo estadual, por sua vez, justificou a nomeação com base na experiência de Ventura e afirmou que a escolha respeitou a legislação. Para acompanhar a tramitação de casos como esse e outras decisões políticas em Goiás, o público pode acessar os sites oficiais do governo e do TCE, onde também é possível fazer denúncias e acessar documentos relacionados.