A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Dejair Silvestre dos Santos, que atuava como segurança do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de liderar um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Silvestre, um sargento aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso, é acusado de obstruir a investigação sobre a organização criminosa. O sargento teria alertado o lobista sobre um cumprimento de mandado de busca e apreensão emitido pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo de outubro. Além disso, ele é acusado de esconder um celular dos policiais.
O advogado de Silvestre, Lucas Curvo, defende que seu cliente é inocente e nega qualquer intenção de obstruir a investigação. Em nota, ele solicitou que o caso seja transferido para a primeira instância, argumentando que Silvestre não tem foro especial. Curvo acredita que essa mudança permitirá uma apuração mais ampla dos fatos, respeitando o contraditório e a defesa. Ele também ressaltou que não há evidências concretas que comprovem má-fé nas ações de seu cliente.
Andreson Gonçalves, que está em prisão domiciliar desde julho em Primavera do Leste, Mato Grosso, foi alvo de uma operação de busca e apreensão no dia 3 de outubro, com o objetivo de verificar o cumprimento de medidas cautelares. O ministro Zanin autorizou essa prisão domiciliar após um parecer favorável da PGR, levando em conta o estado de saúde do lobista.
Para quem se interessa em acompanhar o desenrolar desse caso, as sessões podem ser acompanhadas por meio dos canais oficiais do STF e da PGR. Além disso, é possível acessar documentos relacionados ao processo nos sites dessas instituições. Com a denúncia apresentada, os próximos passos envolvem a tramitação do caso e possíveis audiências públicas para esclarecer os fatos.