Na última sexta-feira (31), o deputado Domingos Neto (PSD-CE) revelou que o projeto de voto distrital misto deve avançar na Câmara até o fim de novembro. A proposta foi vista como uma forma de combater a influência do crime organizado na política. Ele destacou que a ideia é aumentar a responsabilidade dos representantes, já que cada um terá uma ligação mais direta com seu território. Se a urgência na tramitação for aprovada, o projeto pode ser votado no plenário sem passar pelas comissões, acelerando seu processo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se manifestou a favor da mudança no sistema eleitoral, visando as eleições de 2030. O modelo distrital misto divide os estados em distritos e reserva parte das cadeiras para os candidatos mais votados em cada um. O restante das vagas é preenchido proporcionalmente, como ocorre atualmente. Motta acredita que essa mudança é essencial para evitar que parlamentares financiados pelo crime sejam eleitos. A estratégia de esperar até um ano antes das eleições é para diminuir a resistência dos deputados.

A proposta do voto distrital misto já foi aprovada no Senado em 2017, mas ainda precisa de um novo impulso. O relator do projeto está em contato com líderes de partidos, buscando apoio para a votação. A discussão sobre a reforma eleitoral é vista como uma prioridade, especialmente à luz de recentes operações contra o crime organizado, que evidenciam a necessidade de mudanças na política.

Para quem quiser acompanhar essa discussão, as sessões da Câmara podem ser vistas ao vivo através do site oficial. Além disso, a população pode fazer denúncias e acompanhar documentos relacionados ao tema. A tramitação do projeto pode ser acelerada, mas ainda depende da agenda da Câmara e de outras prioridades, como o Orçamento e a COP30. O debate sobre a reforma do sistema eleitoral segue em pauta, com a expectativa de que os próximos passos sejam definidos em breve.