Recentemente, a Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a liderança de Paulo Gonet, anunciou a criação de grupos de investigação com foco nacional. A ideia é centralizar e tornar mais efetivas as investigações de crimes que envolvem múltiplos estados. Esse movimento busca deixar claro que o Ministério Público Federal, cuja sede é a PGR, funciona como um único órgão, mesmo com suas unidades estaduais. A atual gestão considera que as investigações federais devem ser coordenadas pela cúpula em Brasília, ao contrário do que aconteceu durante o auge da Operação Lava Jato, quando procuradores atuavam de forma quase independente.

Gonet, que assumiu a PGR em 2023 por indicação do presidente Lula, teve sua recondução assinada no dia 27 de agosto para um novo mandato de dois anos. Sua sabatina no Senado, que pode aprovar sua permanência no cargo, está agendada para o dia 12 de novembro. Neste ano, foi instituído o Gaeco nacional, coordenado pelo subprocurador-geral José Adonis Callou de Araújo Sá. O Gaeco conta com 15 integrantes de diferentes unidades do Ministério Público Federal e tem como objetivo reforçar investigações complexas, além de supervisionar ações contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Os interessados em acompanhar as sessões e decisões da PGR podem acessar o site oficial do órgão, onde estão disponíveis documentos e informações sobre o trabalho realizado. Também é possível denunciar irregularidades através dos canais de atendimento disponíveis. Com a nova estrutura, a PGR pretende que os Gaecos estaduais continuem atuando, sem perder relevância, enquanto o grupo nacional cuida dos casos mais significativos. A expectativa é que o Gaeco participe de investigações relevantes, com a possibilidade de dedicar seus integrantes a casos que requeiram atenção especial, marcando uma nova fase nas apurações do Ministério Público Federal.