Na última quarta-feira (22), o deputado estadual Rodrigo Amorim, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj, sugeriu incluir o Maracanã na lista de imóveis do estado do Rio de Janeiro que podem ser leiloados. Essa medida visa ajudar a quitar uma dívida com a União, que inclui os custos da reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Além do Maracanã, a proposta abrange também o ginásio do Maracanãzinho e a aldeia Maracanã, onde vivem representantes da comunidade indígena.

O governo do Rio, liderado por Cláudio Castro, foi questionado sobre a proposta, mas não se manifestou até o momento. O projeto de lei orçamentária para 2026 menciona uma dívida de R$ 190,8 milhões, sendo R$ 67,4 milhões com o BNDES e R$ 123,4 milhões com o CAF, com pagamentos programados até 2026 e 2027, respectivamente. Atualmente, o Maracanã é administrado por uma parceria entre Flamengo e Fluminense, com um contrato de 20 anos, mas há preocupações sobre o futuro do estádio e se ele pode se tornar um “elefante branco” após o fim da concessão.

A lista de imóveis que podem ser leiloados conta agora com 62 propriedades, incluindo 28 da Uerj, e está sujeita a discussões em plenário, onde os deputados podem sugerir alterações. O Maracanã, tombado pelo Iphan desde 2000, tem restrições para sua venda, mas a inclusão na lista visa aliviar as finanças do estado, que devem atingir R$ 12,33 bilhões em 2026. Com o Flamengo planejando um novo estádio e o Vasco reformando São Januário, o uso do Maracanã pode ser reduzido nos próximos anos.