Recentemente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi indicado para a Secretaria-Geral da Presidência, uma escolha que gerou polêmica entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante essa discussão, bolsonaristas associaram Boulos ao extremismo, relembrando sua trajetória no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e criticando a decisão do presidente Lula (PT). O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a escolha busca levar o governo mais à esquerda, visando as eleições de 2026.
Além disso, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também expressou preocupações em relação à indicação, destacando a necessidade de diálogo e a presença de pessoas mais moderadas no governo. O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo-SP), e a vereadora Zoe Martinez (PL) também comentaram negativamente sobre a nomeação, enquanto o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) ironizou, considerando a indicação como uma forma de “atrapalhar” o governo.
A Secretaria-Geral tem como função intermediar a comunicação do governo com movimentos sociais e está situada no Palácio do Planalto. A chegada de Boulos à pasta significa que ele não concorrerá à reeleição ou a outro cargo em 2024, substituindo o ministro Márcio Macêdo, que deverá focar em sua campanha para deputado federal por Sergipe. Essa mudança visa reforçar a base de esquerda do governo e engajar mais a juventude.
Para quem deseja acompanhar as discussões e decisões do governo, é possível acompanhar as sessões pelo site oficial do Palácio do Planalto e utilizar canais de denúncia disponíveis. No horizonte político, a troca de ministros sugere uma movimentação em direção a uma base mais sólida, especialmente com a aproximação das eleições de 2026.