O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, principal alvo de um inquérito sobre suspeitas de venda de decisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ), questionou a continuidade das apurações sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo começou no ano passado e, até agora, não foram encontradas evidências que envolvam autoridades com foro especial no STF, como os ministros do STJ. Até o momento, apenas servidores estão sendo investigados, além de desembargadores, advogados e outros lobistas relacionados ao caso.
O advogado de Andreson, Eugênio Pacelli, criticou a divulgação de informações sobre a investigação na mídia, destacando que a defesa tem respeitado o sigilo imposto. Ele reforçou que a investigação já dura mais de um ano e questionou a razão de o caso estar no STF, uma vez que não há autoridades com foro naquela Corte sendo investigadas. Pacelli ainda se mostrou preocupado com a continuidade das apurações, afirmando que não há justificativa clara para a jurisdição do Supremo nesse contexto.
Um relatório da Polícia Federal, protocolado no mês passado, apontou três razões para manter a investigação no STF: evitar a anulação de diligências sensíveis, proteger a investigação de interferências externas e a possibilidade de surgimento de novas provas que possam envolver autoridades com foro, como os próprios ministros do Supremo. A discussão sobre a competência do STF segue entre os ministros do STJ, que têm opiniões divididas sobre o assunto.
Para quem deseja acompanhar as investigações e as sessões relacionadas, é possível acessar informações por meio dos sites oficiais do STF e do STJ. Audiências públicas e outros eventos sobre o caso podem ser acompanhados nas agendas disponíveis online. O próximo passo será a definição sobre a continuidade da tramitação do inquérito e possíveis deliberações sobre as investigações em curso.