Nesta terça-feira (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) retoma o julgamento de um grupo de sete pessoas acusadas de espalhar desinformação sobre as urnas eletrônicas e de atacar integrantes das Forças Armadas que se opuseram ao golpe de Estado em 2022. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve apresentar seu voto, iniciando a fase de deliberação entre os ministros, que incluem Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Entre os réus estão Ailton Barros, Ângelo Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Reginaldo Vieira de Abreu, Marcelo Bormevet e Carlos Cesar Rocha. Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de todos, alegando que o grupo atuou em uma “guerra informacional” para desacreditar o sistema eleitoral, contribuindo para os eventos de 8 de janeiro de 2023. Gonet afirmou que, apesar das ações terem ocorrido em momentos diferentes, os acusados formaram uma organização criminosa com o objetivo de tentar um golpe.

As defesas dos réus contestam as acusações, alegando que não há provas que demonstrem a participação deles em um crime organizado. Eles argumentam que os réus não se conheciam e que o compartilhamento de links e mensagens privadas não deve ser considerado crime. Este é o segundo grupo a ser julgado no contexto das ações penais ligadas à tentativa de golpe, seguindo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão.

Para quem deseja acompanhar o julgamento, as sessões do STF são transmitidas ao vivo pelo site oficial do tribunal. Além disso, cidadãos podem acessar documentos do caso e realizar denúncias através dos canais apropriados disponíveis na plataforma do STF. O andamento do processo e possíveis audiências públicas serão divulgados nas próximas semanas.