Giovanni Harvey, ex-secretário nos governos de Lula e Dilma, comentou sobre a possível indicação de Jorge Messias para o STF (Supremo Tribunal Federal), destacando que essa escolha deve considerar a pressão por uma maior diversidade, especialmente a presença de uma mulher negra no tribunal. Segundo Harvey, essa é uma oportunidade que já deveria ter sido aproveitada antes, ressaltando que a corte nunca teve uma magistrada negra em sua história. Ele afirma que, para representar a sociedade, é fundamental que o STF reflita a diversidade do país, que tem cerca de 60% da população negra.
O presidente Lula deve fazer sua 11ª indicação ao STF, tendo nomeado apenas uma mulher, Cármen Lúcia, em seus mandatos anteriores. Harvey chama a atenção para a tendência de nomear aliados políticos para o tribunal, o que ele considera um caminho perigoso. Ele critica essa prática, lembrando que o STF deve ser composto por pessoas com notório saber jurídico, e que a indicação de amigos sem essa qualificação deseduca a sociedade e empobrece o debate.
Harvey também comentou sobre a criação do Ministério da Igualdade Racial, que considera um avanço, mas criticou a recente publicação de um decreto sobre cotas para pessoas negras em cargos de chefia, que, segundo ele, não atendeu a uma real necessidade. Ele acredita que o compromisso de Lula com a igualdade racial é evidente, mas destaca que o desafio agora é garantir que essa agenda seja efetivamente implantada em todas as áreas do governo.
Para acompanhar as discussões e decisões relacionadas a essas indicações e pautas, os cidadãos podem visitar o site do STF e acompanhar as sessões ao vivo, além de participar de canais de denúncia e interação com os representantes.