No último dia 6 de outubro, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a Polícia Federal a realizar diligências na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde trabalhou o ex-juiz Sergio Moro. A autorização é parte das investigações relacionadas a acusações feitas pelo ex-deputado estadual Tony Garcia contra o atual senador. Garcia alega que foi forçado a gravar pessoas ilegalmente a pedido de Moro durante a apuração do caso Banestado, em dezembro de 2004, como parte de um acordo de delação premiada. Ele afirma que Moro conduziu investigações clandestinas contra figuras com foro especial, como o então governador do Paraná e ministros do STJ. Moro, por sua vez, nega as acusações.
Na decisão, Toffoli autorizou o exame dos documentos e materiais que estão sob a custódia da antiga vara de Moro, que, segundo Garcia, podem confirmar suas alegações. O ministro afirmou que as diligências são necessárias para esclarecer os processos e materiais relacionados às investigações. Além disso, Toffoli decidiu manter o inquérito no STF, mesmo com o pedido do senador, que argumenta que os fatos em questão ocorreram antes de seu mandato.
A defesa de Moro se manifestou, destacando que não teve acesso aos documentos do inquérito, o qual consideram baseado em um relato fictício de Garcia. O senador declarou que não há qualquer irregularidade nas ações de 20 anos atrás e que as diligências apenas provarão a falsidade das alegações de Garcia.
Para quem quiser acompanhar o desenrolar dessa situação, as sessões do STF podem ser acessadas pelo site oficial do tribunal. Além disso, a população pode utilizar canais de denúncia e entrar em contato com os órgãos competentes para mais informações. As próximas etapas incluem a tramitação do inquérito e possíveis audiências públicas para discutir o caso.