Na última terça-feira (14), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu as defesas de sete réus acusados de envolvimento em uma organização criminosa que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria disseminado desinformação sobre as urnas eletrônicas e atacado líderes das Forças Armadas. O procurador-geral, Paulo Gonet, pediu a condenação dos réus, que negaram participar dos atos violentos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A próxima sessão para analisar a ação penal será na terça-feira (21), quando o relator, Alexandre de Moraes, apresentará seu voto.

Durante a audiência, os advogados argumentaram que não há provas suficientes para conectar seus clientes aos crimes descritos. A defesa de Giancarlo Gomes Rodrigues, por exemplo, alegou que ele não conhece os outros réus, exceto um que foi seu chefe em um órgão de inteligência. Já o advogado de Guilherme Marques de Almeida destacou que as provas testemunhais confirmam que seu cliente não teve participação ativa nos atos ilícitos, e que sua atuação foi pontual.

Além disso, a defesa de Ailton Barros contestou a acusação de que ele teria promovido ataques contra as Forças Armadas, afirmando que as mensagens citadas não configuram crime. O advogado de Carlos Cesar Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, defendeu que seu trabalho estava dentro das normas legais e que não tinha relação com tentativas de reverter os resultados eleitorais.

Para quem quiser acompanhar o andamento do caso, as sessões do STF são transmitidas ao vivo pelo site do tribunal. Além disso, denúncias podem ser feitas diretamente aos canais oficiais da PGR. A tramitação do caso seguirá nas próximas semanas, com novas análises e possíveis audiências públicas programadas.