João Carlos de Oliveira fez história nos Jogos Pan-Americanos de 1975, realizados na Cidade do México, ao alcançar um salto triplo de 17,89 metros, estabelecendo um recorde mundial que durou uma década. Com apenas 21 anos, ele ficou surpreso com a repercussão do feito, sendo aclamado na Vila Pan-Americana. “Já nem sei mais o que responder”, disse ele, em declaração à Folha, em 17 de outubro. O jovem atleta recebeu cumprimentos de fãs de várias nacionalidades, incluindo um americano que o chamou de “João Maravilha”.
Ao retornar ao Brasil, a recepção foi de herói nacional. Em Pindamonhangaba, sua cidade natal, autoridades, incluindo o presidente Ernesto Geisel, o parabenizaram pelo desempenho. O aeroporto de Congonhas ficou lotado com cerca de 3 mil fãs, que gritaram seu novo apelido: “Viva João do Pulo”. Apesar de já ter sido chamado assim antes do recorde, o treinador Pedro Henrique de Toledo, conhecido como Pedrão, revelou que o nome surgiu durante a viagem para o Estádio Olímpico, quando Benedito Rosa Preta fez a brincadeira.
O salto de 17,89 metros foi uma surpresa até para João, que confessou não esperar alcançar esse recorde tão cedo. Ele superou a marca anterior em impressionantes 45 centímetros. Com um passado no futebol e uma rotina intensa de treinos, João se destacou em um clube que, à época, não aceitava atletas negros. Ele também demonstrou seu amor pelo Corinthians, torcendo para que o clube conquistasse o campeonato em 1976, o que só ocorreu em 1977.
Atualmente, a história de João do Pulo é celebrada com grande carinho, e o legado do atleta continua vivo. Para quem deseja conhecer mais sobre sua trajetória, recomenda-se acompanhar documentários e reportagens disponíveis nas plataformas esportivas.