No início de julho, o deputado Eduardo Bolsonaro fez uma declaração em que afirmou que o apoio dos Estados Unidos a seu pai poderia estar com os dias contados. Após a publicação de uma mensagem de Donald Trump defendendo Jair Bolsonaro, ele chegou a sugerir que o apoio norte-americano não deveria ser considerado. Esse cenário mudou após uma ligação de Trump a Lula, que demonstrou que as relações entre os EUA e o Brasil envolvem interesses muito mais complexos do que a visão simplificada que Eduardo parecia ter. A ideia de que uma pressão direta de Trump poderia levar Lula a encerrar rapidamente os processos relacionados a Bolsonaro foi considerada irrealista, principalmente porque Bolsonaro enfrenta uma pena de 27 anos e está em prisão domiciliar.

Diante dessa situação, o governo brasileiro decidiu contratar o escritório de advocacia Arnold and Porter, que conta com a experiência de Thomas Shannon, ex-embaixador dos EUA no Brasil, para ajudar nas negociações. Enquanto isso, a relação entre os dois países se mostrava tensa, com Eduardo Bolsonaro parecendo confiante em julho, mas se transformando em alguém preocupado em outubro, especialmente com a presença do secretário de Estado Marco Rubio, um crítico da política brasileira.

Com a expectativa de que Rubio poderia ser um negociador severo, as autoridades brasileiras, incluindo o chanceler Mauro Vieira e o vice-presidente Alckmin, buscam obter algumas concessões nas tarifas comerciais. A relação entre Lula, Trump e Rubio deverá passar por um novo teste em novembro, durante a COP30, mas, por enquanto, a crise parece estar se estabilizando. Para acompanhar as próximas movimentações políticas, é possível acessar o site da Assembleia Legislativa de Goiás, onde são divulgadas informações sobre sessões, audiências e contatos oficiais.