O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu abrir uma investigação sobre ameaças recebidas pelo ex-ministro Flávio Dino. O pedido de investigação foi feito por Dino à Polícia Federal, que informou que ele começou a receber ameaças após votar pela condenação de envolvidos na tentativa de golpe de 2022. Segundo a PF, as ameaças incluem referências a eventos no Nepal, sugerindo uma possível coordenação nas mensagens. Moraes tomou a decisão na quarta-feira, dia 1° de novembro, após ser informado pela PF na terça-feira, dia 30 de outubro.
Além de investigar as ameaças contra Dino, Moraes também determinou que a apuração seja estendida ao delegado Fábio Shor, que liderou as investigações sobre o golpe. O ministro deu um prazo de 40 horas para que as empresas Meta, TikTok, X (ex-Twitter) e YouTube forneçam informações sobre os perfis que fizeram as ameaças. A PF destacou que caracterizar individualmente os alvos das ameaças aumenta a gravidade das ações, dificultando o exercício do cargo público e criando um ambiente de medo real.
O inquérito sobre milícias digitais, aberto em julho de 2021, investiga a formação de uma organização criminosa atuando nas redes sociais, com foco na desinformação e na ameaça à democracia. Essa investigação é semelhante a outro inquérito, iniciado em 2019, que abordava a disseminação de notícias falsas, mas com um foco mais específico nos ataques ao STF e seus ministros.
Para quem quiser acompanhar as sessões e decisões do STF, é possível acessar o site oficial do tribunal, onde também estão disponíveis documentos e informações sobre o andamento de processos. Fiquem atentos às atualizações, pois novos desenvolvimentos podem surgir com a tramitação dessa investigação nas próximas semanas.