A violência entre torcidas organizadas no Rio de Janeiro tem gerado preocupação nas autoridades, especialmente após a morte de dois torcedores em apenas três dias. No último domingo (14), durante uma partida da terceira divisão do Campeonato Carioca entre São Cristóvão e Bonsucesso, Matheus Casemiro dos Santos, membro da Torcida Jovem do Olaria, foi agredido até a morte, mesmo sem seu time estar jogando. A confusão aconteceu nas proximidades do estádio Nilton Santos, onde rivalidades entre torcidas se intensificaram. A Delegacia de Homicídios está investigando o caso, enquanto o São Cristóvão se distanciou de organizadas e repudiou a violência.

Dois dias antes, um torcedor do Vasco, Rodrigo José Santana, foi baleado durante um confronto entre torcidas. O episódio ocorreu em Oswaldo Cruz, a 7 km do estádio, e deixou outro homem ferido. A Força Jovem do Vasco, principal torcida do clube, informou que o ataque foi realizado por membros de uma organizada do Flamengo, mesmo sem haver jogo naquele dia. A torcida do Vasco também destacou que o comportamento violento se espalhou para longe dos estádios, afetando até bairros como Copacabana.

Em resposta a esses episódios, a Torcida Jovem do Flamengo foi banida de eventos esportivos por dois anos, decisão que gerou polêmica. A torcida reconheceu a necessidade de segurança nos eventos, mas argumentou que a punição afeta torcedores que se comportam de maneira responsável. O clima de tensão se intensifica com mensagens de represália circulando nas redes sociais, aumentando o alerta sobre a escalada de violência nas ruas e estádios. O próximo clássico entre Flamengo e Vasco, marcado para domingo (21) no Maracanã, contará com policiamento reforçado para garantir a segurança dos torcedores.