O governo Lula está repensando as indicações para cargos federais de deputados e senadores que apoiarem um projeto de lei que propõe anistia a condenados pelos ataques de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa informação foi passada por fontes do Palácio do Planalto a líderes partidários e ministros. O governo se posiciona contra o projeto e busca evitar que ele chegue ao plenário da Câmara, onde o presidente da Casa, Hugo Motta, tem a responsabilidade de pautar a votação. Se isso acontecer, o Planalto pode reavaliar as indicações e o repasse de emendas parlamentares.

As negociações sobre a anistia ganharam força na última semana, especialmente após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão. Motta, que anteriormente se mostrava resistente à votação da anistia, indicou que está reconsiderando sua posição sob pressão de líderes partidários. Esse não é um alerta inédito do governo sobre rever cargos em função de votações relevantes, já que em outros momentos, como em abril, o Executivo já havia cobrado parlamentares da base aliada sobre suas posições em relação a projetos importantes.

Para quem deseja acompanhar as discussões sobre esse tema, as sessões da Câmara podem ser acessadas online, e os cidadãos podem entrar em contato com os parlamentares por meio de suas redes sociais e canais oficiais. Além disso, é possível acompanhar documentos e atualizações sobre a tramitação do projeto no site da Câmara dos Deputados. O próximo passo será observar como os partidos se comportarão em relação à votação da anistia, além das estratégias do governo para evitar que a proposta avance. O cenário está se desenhando para as eleições de 2026, com a possibilidade de mudanças significativas nas alianças políticas.