No último domingo, o advogado e ex-ministro do Superior Tribunal Militar, Flavio Bierrenbach, se manifestou contra a ideia de anistia para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e na movimentação golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de sua posição contrária, Bierrenbach afirmou que, do ponto de vista jurídico, um projeto de anistia não seria necessariamente inconstitucional. Para ele, a anistia é um fenômeno que envolve aspectos políticos, históricos e jurídicos, e um desses aspectos pode se destacar em diferentes momentos.
Bierrenbach, que tem um histórico de ativismo pela anistia de perseguidos políticos durante a ditadura militar, destacou a importância de não esquecer o passado. Ele acredita que a anistia deve ser um meio de promover a convivência e que a história deve ser contada para evitar a repetição de erros. O ex-ministro mencionou que o Brasil já passou por períodos de grande anormalidade democrática, e que é natural que surjam discussões sobre anistia em contextos como esse.
Para quem deseja acompanhar a discussão sobre a anistia, é possível acessar sessões e documentos oficiais através do site da Câmara dos Deputados e do Senado. Além disso, canais de denúncia e contato com representantes estão disponíveis para que a população possa se manifestar sobre o tema.
Quanto aos próximos passos, a análise de uma possível proposta de anistia deve passar pelo Congresso Nacional, que terá a responsabilidade de decidir sobre a sua viabilidade. Bierrenbach enfatizou que a constitucionalidade de uma anistia, se proposta, caberia ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir. A questão ainda está em aberto e pode gerar debates intensos nas próximas semanas.