Recentemente, os governos de Lula e Tarcísio de Freitas têm se enfrentado para finalizar o processo de desocupação da favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo. Desde abril, 545 famílias deixaram a comunidade, mas ainda existem cerca de 300 famílias morando na área. Marcelo Branco, secretário de Habitação de São Paulo, comentou que sua gestão já comunicou o Ministério da Gestão sobre a necessidade de demolir as casas que estão vazias, visando evitar novas invasões. A área é de propriedade do governo federal e Branco espera que a administração federal retome o apoio às demolições, como foi acordado em maio.

No dia 8 de setembro, ocorreu uma operação coordenada pelo Ministério Público e pelas polícias Militar e Civil, que resultou na prisão de nove pessoas suspeitas de envolvimento com tráfico de drogas na favela. Durante a operação, uma mulher que organizava protestos contra as desocupações foi acusada de extorquir famílias que estavam recebendo indenizações da CDHU, que é a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Branco ressaltou a importância da demolição das casas para impedir novas invasões, questionando a quem interessaria manter as construções vazias, já que a área não pode ser regularizada.

A gestão Tarcísio também destacou que, apesar de já ter promovido a mudança de 545 famílias, ainda espera a participação efetiva da Caixa Econômica Federal. O Ministério da Gestão afirmou que não se opõe à demolição das moradias desocupadas, desde que isso seja feito com cautela, evitando danos às casas vizinhas e respeitando a rotina da comunidade. O governo Lula, por sua vez, informou que já garantiu mais de R$ 160 milhões para oferecer R$ 180 mil a cada uma das 900 famílias da favela. Para quem quiser acompanhar as sessões sobre este tema, é possível acessar informações pela internet e ficar atento aos canais de denúncia e contato oficial. Nos próximos passos, a tramitação continua e audiências públicas devem ser agendadas para discutir a situação da comunidade.