Nesta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros cinco réus envolvidos em uma suposta trama golpista nos anos de 2022 e 2023. O voto de Fux, que durou quase 12 horas, foi uma surpresa, já que ele divergiu das posições de outros ministros que haviam se manifestado pela condenação dos acusados. O julgamento deve continuar nesta quinta-feira (11), com a participação de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, e pode se estender até sexta-feira (12).

Durante a votação, Fux apresentou uma nova interpretação sobre a competência do STF em julgar o caso. Ele argumentou que a ação não deveria ser analisada pela corte, pois os réus não possuem foro por prerrogativa de função, sugerindo que o processo deveria ser levado à primeira instância. Essa visão é diferente da que ele mesmo adotou em julgamentos anteriores, como no caso do mensalão, onde a corte decidiu que deveria manter a responsabilidade sobre réus sem foro especial. Além disso, a posição de Fux a respeito dos crimes atribuídos aos réus também se diferenciou de suas decisões passadas, como no caso dos ataques de 8 de Janeiro.

Para quem deseja acompanhar o andamento desse julgamento, as sessões do STF são transmitidas ao vivo pelo site do tribunal. Além disso, é possível acessar documentos e decisões através do portal da justiça. Para denúncias ou informações, o público pode entrar em contato com os canais oficiais disponíveis no site do STF.

O próximo passo no processo será a continuação da votação, onde os ministros expressarão suas opiniões e, possivelmente, novas divergências poderão surgir. O desfecho desse julgamento pode influenciar outros casos relacionados a atos golpistas e à atuação de parlamentares.