A investigação sobre as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, já completou um ano, mas ainda não chegou a uma conclusão. O caso está sendo analisado pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência, mas, por enquanto, tudo ocorre sob sigilo. A defesa de Almeida afirmou que o inquérito ainda está em andamento e que não há nenhum processo criminal ou indiciamento até o momento. As denúncias foram encaminhadas à Organização Me Too e divulgadas pelo portal Metrópoles em setembro do ano passado, sendo uma delas feita pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A Comissão de Ética começou a investigar o caso na 27ª Reunião Extraordinária, realizada em 6 de setembro de 2024, um dia após as acusações se tornarem públicas. O relator inicial era Edvaldo Nilo, mas ele encerrou seu mandato em março deste ano, e agora a conselheira Maria Lúcia Barbosa está à frente da investigação, que pela primeira vez conta com uma maioria feminina no colegiado. A CEP decidiu, por unanimidade, abrir um procedimento preliminar para solicitar explicações a Almeida sobre as denúncias.

Com relação à investigação, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, pediu que a Polícia Federal repetisse os depoimentos, já que as gravações de algumas testemunhas de defesa não foram realizadas. Silvio Almeida foi demitido por Lula logo após as denúncias, que foram consideradas “insustentáveis” pelo presidente devido à gravidade das acusações. Desde então, a pasta dos Direitos Humanos está sob a liderança de Macaé Evaristo. O ambiente político ficou tenso, especialmente entre Anielle Franco e Almeida, que trocaram farpas publicamente.

Para quem deseja acompanhar o andamento dessa investigação, é possível acessar informações através dos canais oficiais da Comissão de Ética e da Polícia Federal, onde também estão disponíveis documentos relacionados ao processo. A expectativa agora é que novas audiências sejam agendadas e que a tramitação avance nos próximos meses.