A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) propôs a cassação do contrato de concessão de um trecho da BR-153 que liga Goiás ao Tocantins. A decisão foi publicada na segunda-feira (26) no “Diário Oficial da União”. Esse trecho, que foi licitado em 2014 durante o governo Dilma Rousseff, enfrenta sérios problemas de investimento, principalmente por causa das dificuldades financeiras do Grupo Galvão, responsável pela obra.

A Galvão Engenharia, que ficou envolvida na Operação Lava Jato, entrou em recuperação judicial e, devido a isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) bloqueou o financiamento de R$ 700 milhões que ajudaria na conclusão das obras. Sem esse recurso, a concessionária conseguiu realizar apenas os serviços básicos de manutenção. Recentemente, a empresa declarou que aguarda a aprovação da ANTT para retomar as obras necessárias.

O trecho da BR-153 é fundamental para o transporte de passageiros e produtos agropecuários, ligando o Norte e o Sul do Brasil. Com mais de 3 mil quilômetros, esse percurso é especialmente importante para a movimentação de madeira e produtos agrícolas. Entre Anápolis e a divisa com o Tocantins, os 440 quilômetros de pista simples são bastante críticos, com cerca de 60 mil veículos circulando diariamente, sendo a maioria caminhões.

Os próximos passos dependem da decisão final do Ministério dos Transportes, que é responsável por confirmar ou não a perda da concessão. A ANTT, que fiscaliza os contratos de concessão, já encaminhou sua recomendação ao ministério. Enquanto isso, motoristas que utilizam a BR-153 devem estar atentos às condições da estrada e considerar rotas alternativas em caso de problemas, especialmente durante períodos de chuva. Para informações atualizadas, é recomendável acompanhar os canais oficiais da ANTT e do Ministério dos Transportes.