Na tarde desta segunda-feira (30), a mãe do estudante que atirou em colegas no Colégio Goyases, em Goiânia, prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). O incidente ocorreu no dia 20 de outubro, durante um intervalo entre aulas, quando o garoto, de 14 anos, usou uma pistola .40 da mãe para disparar contra seus colegas, resultando na morte de dois alunos e ferindo outros quatro. A defesa da mãe afirmou que a arma estava guardada em local seguro, mas a investigação segue para apurar as circunstâncias do crime.
O depoimento durou cerca de duas horas, mas o delegado Luiz Gonzaga Júnior não divulgou detalhes sobre o que foi dito. A mãe do atirador, que estava acompanhada de seu marido e de uma advogada, não falou com a imprensa após o depoimento, mas sua advogada declarou que a mulher está muito abalada e que não tinha conhecimento sobre possíveis casos de bullying envolvendo o filho. O pai do estudante também já havia prestado depoimento, afirmando que não sabia que o filho enfrentava esse tipo de situação.
Após o ataque, o Colégio Goyases retomou parcialmente as aulas nesta segunda, recebendo apenas alunos da educação infantil e do 1º ao 5º ano. As aulas para os estudantes do 6º ao 9º ano, incluindo a turma onde ocorreu o incidente, estão previstas para recomeçar na terça-feira. A sala onde houve os disparos será transformada em um espaço de artes, e os pais poderão acompanhar os filhos durante as aulas. Além disso, a escola ofereceu suporte psicológico aos funcionários para ajudar na adaptação dos alunos após a tragédia.
O Ministério Público de Goiás solicitou a avaliação psicológica do adolescente, que já se declarou arrependido do que fez. A mãe do menino também é alvo de um inquérito na Polícia Militar, que pode durar até 60 dias, para investigar o uso da arma no ataque. A expectativa é que mais esclarecimentos surjam com a conclusão da investigação e das análises das testemunhas.