Na última quarta-feira, 12, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, de Santa Catarina, Jorginho Mello, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir o Projeto de Lei Antifacção. Durante o encontro, os governadores solicitaram um prazo de pelo menos 30 dias para aprofundar as discussões sobre a proposta, que estava prevista para ser votada ainda no mesmo dia. Motta se mostrou receptivo ao pedido e prometeu levar a questão para os líderes de bancada.

O projeto, que tem como relator o deputado Guilherme Derrite, busca combater o crime organizado e estava com a votação agendada para o Plenário. Apesar de o governo federal afirmar estar preparado para debater a matéria, concordou em dar mais tempo para que governadores e especialistas em segurança pública pudessem contribuir com suas visões. Cláudio Castro destacou que a reunião não abordou o mérito do texto, mas sim a importância de ouvir diferentes vozes antes da votação.

Além disso, Jorginho Mello enfatizou a necessidade de envolver representantes de todos os poderes nessa discussão, enquanto a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou que a questão da segurança das mulheres também deve ser considerada. Os governadores estimam que a nova votação poderá ocorrer entre os dias 10 e 15 de dezembro, evitando assim que o tema interfira nas deliberações sobre o orçamento e não se arraste para o ano eleitoral.

Para acompanhar as discussões sobre a proposta, os cidadãos podem acessar os canais oficiais da Câmara dos Deputados e ficar atentos às sessões e audiências públicas. A tramitação do projeto seguirá nos próximos dias, com expectativa de novas reuniões e debates que possam influenciar a versão final do texto.