O documentário “Meu Ayrton, por Adriane Galisteu” estreou na HBO Max no dia 6 de novembro, trazendo uma visão pessoal sobre o relacionamento da apresentadora com Ayrton Senna. Composto por dois episódios, a série retrata os últimos dias do piloto sob a perspectiva de Galisteu, que, segundo a crítica, busca responder ao apagamento de sua imagem nas homenagens recentes pelos 30 anos da morte do ícone da Fórmula 1. A relação entre os dois durou menos de um ano e meio, de março de 1993 até a fatalidade em 1 de maio de 1994, e durante esse tempo, Galisteu vivenciou a pressão que cercava Senna em seu auge.

Em comparação com outros documentários lançados recentemente, como “Senna por Ayrton”, disponível no Globoplay, e “Senna”, da Netflix, Galisteu ficou à margem. No entanto, seu documentário apresenta um lado mais humano do piloto, mostrando uma relação que, apesar de breve, foi intensa e significativa. A forma como Galisteu foi excluída das narrativas sobre Senna levanta questões sobre a representação dele, que muitas vezes ignora os aspectos pessoais e vulneráveis de sua vida.

Para quem quer acompanhar os próximos episódios de “Meu Ayrton”, a série já está disponível na HBO Max. É uma oportunidade única de revisitar a história de Senna através de um olhar diferente, longe da idealização. Além disso, vale lembrar que a discussão sobre biografias e liberdade de expressão no Brasil ganhou força após a decisão do STF em 2015, que garantiu o direito de autores contarem histórias sem a necessidade de autorização prévia dos biografados ou suas famílias.

Nos próximos meses, a expectativa é que mais produções sobre personalidades do esporte e da cultura continuem a romper com as amarras do passado, trazendo narrativas mais autênticas e diversas.