Na última sexta-feira (7), o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, apresentou rapidamente seu relatório sobre o projeto do marco contra o crime organizado. A nomeação de Derrite foi feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a agilidade no trabalho gerou comparações bem-humoradas com o protagonista da série “24 Horas”. No entanto, essa rapidez não foi bem recebida por muitos, que consideraram a decisão um erro estratégico do governo.
Diversos partidos criticaram o relatório, especialmente por ele restringir a autonomia da Polícia Federal. O texto determina que a PF deve solicitar autorização das polícias estaduais para investigar o crime organizado, o que pode complicar a atuação das forças de segurança. Além disso, o governo federal também contestou a proposta de Derrite de igualar penas de ações de facções criminosas às de terrorismo. Membros do Ministério Público também levantaram preocupações sobre como o projeto poderia limitar suas atividades.
O assunto foi amplamente discutido durante o 26º Congresso Nacional do Ministério Público, que acontece em Brasília. Após a avalanche de críticas, Derrite sinalizou que pode revisar alguns dos pontos mais polêmicos para tentar garantir a aprovação do projeto. Apesar disso, a votação, que estava marcada para o dia 12 de outubro, foi adiada para a próxima semana, deixando em aberto os próximos passos da tramitação.
Para quem deseja acompanhar de perto as discussões sobre o projeto, as sessões da Câmara dos Deputados são transmitidas ao vivo, e os cidadãos podem acessar documentos relacionados ao tema através do site oficial da Câmara. Além disso, canais de denúncia e contato com representantes estão disponíveis para que a população possa se manifestar sobre o assunto.