Na última quarta-feira (12), o relator do projeto de lei que visa combater facções criminosas, Guilherme Derrite (PP-SP), fez um discurso na Câmara que gerou polêmica entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O projeto, que tinha o potencial de aumentar penas para criminosos e garantir mais proteção às forças de segurança, não foi bem recebido por alguns membros do grupo, que criticaram Derrite por não ter buscado previamente um consenso sobre a viabilidade jurídica da proposta. Essa falta de articulação levou a uma série de críticas e fez com que Derrite se retratasse em algumas partes.

A expectativa inicial era que Derrite usasse esse projeto como um trampolim para sua candidatura ao Senado em 2026, especialmente após o apoio popular à recente operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. No entanto, aliados de Bolsonaro afirmaram que ele deveria ter consultado especialistas para validar a proposta antes de apresentá-la. O promotor Lincoln Gakiya, conhecido por seu trabalho contra o PCC, foi um dos nomes sugeridos, mas Derrite não aceitou essa ajuda, defendendo sua experiência na área como suficiente.

Entre os bolsonaristas, também surgiram críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo alguns, não demonstrou apoio ao relator em meio às contestações. O governador, por outro lado, afirmou que a aprovação do projeto está em andamento e que diversas pessoas estão colaborando para garantir que o texto atenda aos interesses nacionais. Com a saída de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos, o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), começou a ser visto como uma alternativa para a candidatura ao Senado. Ele, inclusive, declarou seu apoio à família Bolsonaro, mencionando a importância de ter Bolsonaro como candidato novamente.

Para acompanhar as discussões sobre o projeto e outros temas políticos, os interessados podem acessar as sessões da Câmara através do site oficial ou buscar informações por meio de canais de denúncia disponíveis. A tramitação do projeto será acompanhada de perto, e é esperado que haja audiências públicas e outros debates nos próximos meses.