A Justiça de São Paulo negou um pedido de transferência feito por Marcelo de Almeida Gouveia, um auditor fiscal preso sob suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de créditos de ICMS que pode ter movimentado bilhões. A decisão foi tomada pela desembargadora Carla Rahal, que seguiu a orientação do Ministério Público, afirmando que Gouveia, apesar de ser militar da reserva não remunerada, não se enquadra nas categorias previstas no Estatuto dos Militares. Desde agosto, ele está preso preventivamente.
No apartamento de Gouveia, em São José dos Campos, a polícia encontrou R$ 330 mil em dinheiro e criptomoedas avaliadas em milhões, levando o Ministério Público a investigar possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Gouveia é acusado de ter colaborado com o auditor Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o líder do esquema. Embora seus advogados argumentem que ele tem direito a uma prisão especial por ter sido aluno do ITA e ter servido mais de cinco anos nas Forças Armadas, dois pedidos para revogar a prisão preventiva já foram rejeitados.
A Operação Ícaro, que investiga o ressarcimento ilegal de ICMS, também resultou na prisão de outras figuras importantes, como Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop. Artur Gomes da Silva Neto, o suposto mentor do esquema, permanece preso preventivamente. Para quem deseja acompanhar o andamento desse caso, é possível acessar informações através dos canais oficiais do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Ministério Público. Além disso, audiências públicas sobre a operação podem ser anunciadas em breve, conforme a investigação avança.