No último domingo, 9 de outubro, o BRB (Banco de Brasília) distribuiu ingressos VIP para o GP de F1 em São Paulo, atraindo a atenção por envolver políticos e empresários. Entre os convidados estava Antonio Rueda, presidente do União Brasil e amigo de Paulo Henrique Costa, presidente do banco público. O BRB adquiriu ingressos para o F1 Paddock Club, que garante acesso à área mais luxuosa do autódromo e uma visão privilegiada da corrida. Entretanto, o banco não revelou informações sobre os valores gastos, o número de ingressos adquiridos ou os critérios de seleção dos convidados.

Em outubro, após uma reportagem da Folha de S.Paulo, o BRB retirou do seu site todos os contratos públicos relacionados a uma contratação de escritório de advocacia que avaliava prejuízos do banco em negociações com o Banco Master. Rueda defendeu que o convite para o GP de F1 não tinha relação com atividades partidárias e que foi apenas uma cortesia. Segundo ele, os ingressos foram oferecidos pela área de relacionamento do BRB e direcionados a ele e sua esposa, que são clientes do banco.

Em 2024, o BRB gastou R$ 3,2 milhões na compra de ingressos para camarotes do GP de F1, valor que foi divulgado no Diário Oficial do DF apenas dois dias antes da corrida. O Painel solicitou ao BRB o contrato ou pelo menos um extrato do mesmo, mas não obteve resposta. O banco justifica que os convidados incluíam grandes clientes e funcionários premiados, ressaltando que suas ações visam fortalecer a marca e ampliar relacionamentos.

Para acompanhar as atividades do BRB, os interessados podem acessar o site oficial do banco e acompanhar as publicações no Diário Oficial. A tramitação de questões como essas costuma ser seguida de perto em audiências públicas e nas redes sociais.