O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chega a cem dias de prisão domiciliar nesta quarta-feira (12), com a possibilidade de ser transferido para um presídio, o que tem gerado apreensão em seu círculo político. Nos últimos meses, o grupo de Bolsonaro enfrentou disputas internas, como a divisão entre o centrão e a direita, especialmente após a polêmica do tarifaço de Donald Trump, em que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se destacou. Além disso, a disputa por uma vaga ao Senado em 2026 em Santa Catarina gerou tensões, envolvendo o irmão Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Em uma entrevista recente, Bolsonaro declarou que a prisão poderia significar o fim da sua trajetória política e, aos 70 anos, ele enfrenta acusações que podem resultar em décadas de pena.

Atualmente, ele cumpre pena de 27 anos e três meses pela sua suposta liderança em eventos considerados golpistas em 2022. O primeiro recurso de sua defesa foi rejeitado por todos os integrantes da Primeira Turma do STF, e novos recursos devem ser tentados, mas a expectativa é de que o processo se finalize até dezembro. A decisão sobre uma possível transferência para o presídio da Papuda, em Brasília, está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. Apesar de manter uma rotina de exercícios, há relatos de que Bolsonaro está emocionalmente abalado, e sua saúde pode ter se agravado por conta dessa situação.

Para quem quiser acompanhar as movimentações do caso, as sessões do STF podem ser acessadas pelo site oficial do órgão, onde também é possível encontrar documentos e informações sobre como fazer denúncias. No tocante aos próximos passos, a tramitação do caso segue com a expectativa de novas audiências e decisões até o final do ano. A situação do ex-presidente continua a ser uma fonte de divisão e debate dentro de seu partido, com seus filhos tentando manter a unidade em meio às incertezas políticas.