Na quarta-feira (12), governadores de diferentes estados, incluindo Ronaldo Caiado, de Goiás, se reuniram para pedir uma audiência com o presidente da Câmara, Hugo Motta. O objetivo é pressionar pela votação de um projeto que equipara facções criminosas a grupos terroristas. Além de Caiado, os governadores Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC) também assinaram o ofício, assim como a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

O projeto, de autoria do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), já enfrentou resistência do governo federal. A proposta estava agendada para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no dia 4, mas a votação foi adiada devido à pressão de parlamentares da base do governo Lula. A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pelas Relações Institucionais, declarou que o governo se opõe firmemente ao texto, enquanto o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, argumentou que as facções não se encaixam na definição de terrorismo, já que não têm um viés político ou religioso.

Essas discussões sobre o combate às facções ganharam força após uma operação policial que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro, a mais letal da história do Brasil. O projeto de Forte pretende incluir organizações criminosas e milícias privadas na Lei Antiterrorismo.

Para quem se interessa em acompanhar esses temas, as sessões da Câmara podem ser acompanhadas online, e a população pode fazer denúncias através de canais oficiais. A tramitação do projeto deve seguir em breve, com novas audiências públicas e discussões programadas, mas ainda não há uma nova data definida para a votação.