Na última quinta-feira (6), o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, discutiu com a Agência Brasil a polêmica sobre a classificação de facções criminosas como terroristas. Ele argumentou que essa rotulação não ajuda a combater o crime organizado e pode abrir espaço para intervenções de outros países, assegurando que a solução deve vir dos brasileiros. Em sua fala, Randolfe destacou que a discussão deve focar nas políticas eficazes para enfrentar o problema, como o aumento das penas para membros de facções e a coordenação das forças policiais.
A Câmara dos Deputados está em meio a uma disputa sobre dois projetos de lei que visam o combate às organizações criminosas. O PL das facções, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL do Terrorismo, do deputado Danilo Forte, que propõe tratar as milícias e facções como terroristas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que uma decisão sobre qual proposta seguir será tomada até o final da próxima semana. A votação do PL do Terrorismo, que estava prevista para esta semana, foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Randolfe também criticou a politização do assunto, dizendo que é necessário tratar a questão como uma preocupação de Estado, unindo diferentes espectros políticos na luta contra o crime. Para complementar os esforços, o governo apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança e o PL Antifacção, que visam integrar as polícias e aumentar as penas para criminosos.
Os cidadãos que desejam acompanhar as discussões e votações na Câmara podem acessar as informações pelo site oficial da Casa e ficar atentos às audiências públicas e demais eventos relacionados ao tema. O próximo passo será a definição sobre os projetos em tramitação, que promete render debates acalorados.