A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou pela cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, do PL, por abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. Após seu voto, o ministro Antonio Carlos pediu vista, o que suspendeu as deliberações. Os envolvidos, como o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar (União Brasil), e o ex-vice-governador Thiago Pampolha, também tiveram manifestações semelhantes a favor da cassação. Gallotti argumentou que Castro teve um papel central em um esquema que visava influenciar a eleição.

O caso, conhecido como “folha secreta de pagamento”, veio à tona em junho de 2022, envolvendo a Uerj e a Fundação Ceperj. A investigação do Ministério Público revelou que R$ 248 milhões foram retirados por dezenas de milhares de pessoas em um esquema que envolvia contratações sem transparência e saques em dinheiro vivo. As contratações foram interrompidas em agosto de 2022, após uma ação civil pública. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uniu duas ações de investigação judicial eleitoral, uma delas movida pela chapa do derrotado Marcelo Freixo (PT).

A ministra destacou a gravidade do caso, considerando a magnitude dos valores e a ilegalidade nas contratações. Castro e Bacellar já haviam sido absolvidos pelo TRE-RJ em uma votação apertada, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE. Se a cassação ocorrer, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Ricardo Castro, assumiria interinamente o governo. Para quem quiser acompanhar a situação, é possível acessar informações sobre as sessões do TSE, além de canais de denúncia e documentos oficiais disponíveis online.