O Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando o gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por conta de duas funcionárias cujas atividades não estariam de acordo com as funções que deveriam exercer. O parecer técnico, divulgado no dia 29 de outubro, sugere que Motta forneça explicações em até 15 dias. As servidoras, Gabriela Batista Pagidis e Monique Agra Magno, têm vínculos com outras instituições, o que levantou suspeitas sobre a regularidade de suas contratações.
Gabriela é fisioterapeuta e atende em clínicas durante a semana, enquanto Monique é assistente social na Prefeitura de João Pessoa (PB) há quatro anos. Após uma reportagem sobre o caso, Motta decidiu demitir ambas. O TCU quer que o presidente da Câmara apresente registros de frequência e acessos a ferramentas de trabalho usadas pelas servidoras. Além disso, é solicitado que ele explique se Gabriela teve algum horário especial de trabalho e como foi sua carga horária, uma vez que ela também possui outras atividades.
A investigação começou após o Ministério Público do TCU entrar com um pedido de apuração, destacando a relevância do caso para a transparência pública. A Folha de S.Paulo, que inicialmente revelou a situação, comparou dados oficiais e checou a rotina das funcionárias, confirmando a realização de atividades em clínicas de Brasília e na prefeitura. O gabinete de Motta não forneceu informações sobre a função e horários das funcionárias, apesar das solicitações.
Para acompanhar o desenrolar desse caso, é possível acessar as sessões da Câmara dos Deputados através do site oficial ou de redes sociais, além de consultar documentos públicos relacionados. Nos próximos passos, a tramitação do caso seguirá com a análise do relator, o ministro Jhonatan de Jesus, que decidirá sobre a aceitação do parecer e as medidas a serem adotadas.