No último sábado (25), uma cerimônia em memória dos 50 anos do assassinato do jornalista Vladimir Herzog ocorreu na catedral da Sé, em São Paulo. Durante o evento, a famosa música “O Bêbado e o Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, foi entoada, mas um trecho que menciona a palavra “bordel” foi omitido. A apresentação começou com a gravação original de Elis Regina e seguiu ao vivo com a pianista Cida Moreira e o coro Luther King, que cortaram a parte da letra que inclui a controvérsia.
O ato reuniu diversas lideranças políticas, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além do arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer. A música, que é frequentemente tocada em eventos relacionados à ditadura, já havia sido apresentada em sua íntegra durante a mesma celebração em 2015, quando se lembraram os 40 anos da morte de Herzog. Rogerio Sottili, presidente do Instituto Vladimir Herzog, responsável pela organização do ato, afirmou que a omissão do trecho não foi intencional e ocorreu por acaso. A Arquidiocese de São Paulo, quando questionada sobre o motivo da alteração, não se manifestou sobre o assunto.
Para quem se interessar em acompanhar eventos como esse ou buscar informações sobre questões relacionadas à memória histórica, é recomendável ficar atento às redes sociais de instituições que promovem esses atos e acessar os canais de denúncia disponíveis. Além disso, é importante acompanhar a agenda de votação e as audiências públicas que tratam de temas ligados à memória e à justiça social, que podem ser divulgadas pelos órgãos competentes.