Recentemente, senadores de oposição e aliados do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), passaram a destacar uma lista com 41 assinaturas que apoia o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Essas assinaturas representam a maioria dos 81 senadores e são consideradas essenciais para a aprovação de Jorge Messias caso o presidente Lula (PT) indique seu advogado-geral da União à vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo.

A tentativa de impeachment contra Moraes foi barrada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que defende Pacheco para a vaga de Barroso. Para os senadores de oposição, a coleta dessas assinaturas é um sinal de força ao governo, mostrando que, enquanto não conseguem afastar Moraes, podem dificultar a aprovação de Messias, visto como próximo do PT. Pacheco é visto como um candidato forte, e até alguns aliados de Lula reconhecem que a votação secreta pode ser um risco para Messias.

Além disso, muitos senadores acreditam que a reeleição de Lula está mais garantida agora do que há três meses, o que levanta a possibilidade de que ele reserve uma indicação mais alinhada ao partido para um possível quarto mandato. Existe também uma expectativa de que o governo retribua o apoio do Senado, especialmente após a recente derrota da PEC da Blindagem, que praticamente encerrou as discussões sobre a anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, um tema sensível para a gestão petista.

Os interessados em acompanhar as sessões do Senado e se informar sobre os trâmites das votações podem acessar os canais oficiais do Senado. Além disso, para denúncias ou consultas, o site do Senado oferece uma seção específica com informações úteis. O próximo passo dessa tramitação envolve a agenda de votações e possíveis audiências públicas que ainda deverão ser definidas.