O advogado Nelson Wilians, que está sendo investigado no escândalo do INSS, patrocinou o programa “Informando Direito” com R$ 400 mil. O programa foi apresentado na TV Cultura por José Carlos Cosenzo, procurador de Justiça, e Fabíola Sucasas, promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo. O apoio do escritório Nelson Wilians & Advogados Associados foi formalizado em um acordo em maio, mas foi encerrado de forma antecipada em setembro. Inicialmente, a Fundação Padre Anchieta, que gerencia a TV Cultura, havia previsto um apoio de R$ 500 mil, mas o valor final ficou em R$ 400 mil devido à interrupção do contrato.
O escritório de Nelson Wilians afirmou, por meio de sua assessoria, que não patrocinou o programa. Quando a Fundação Padre Anchieta confirmou o apoio financeiro, o escritório justificou que parte do pagamento estava condicionada à participação do advogado no programa, mas isso não ocorreu por conflitos de agenda. Cosenzo e Sucasas não se pronunciaram sobre o assunto. Além disso, a deputada Edna Macedo (Republicanos) apresentou emendas ao Orçamento de 2023 que totalizam R$ 1 milhão, permitindo que a Fundação adquirisse os direitos autorais da série “Informando Direito”. O programa foi exibido entre julho e setembro deste ano e gerou críticas sobre o uso do dinheiro público.
O Ministério Público de São Paulo declarou que não tinha conhecimento sobre o contrato entre a LSS Cine Vídeo e a Fundação Padre Anchieta. A nova gestão da fundação, que começou em junho, afirmou que não recebeu recursos de emenda parlamentar até agora. A TV Cultura, segundo a produtora Maria Angela de Jesus, não deve ser utilizada para agendas partidárias. O próximo passo envolve a tramitação de novas propostas e a continuidade das discussões sobre programas de interesse público. Para mais informações sobre as sessões e propostas em andamento, é possível acompanhar a Assembleia Legislativa de Goiás e acessar os documentos disponíveis no site oficial.