O governo Lula começou a buscar apoio no Congresso Nacional após demitir aliados que votaram contra a Medida Provisória que aumentava impostos. A estratégia é recompor a base aliada, priorizando aqueles que apoiarão o governo em votações importantes até o final do ano. Desde o dia 10 de outubro, o Planalto começou a demitir indicações políticas ligadas a deputados que não seguiram as orientações do governo. A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pelas Relações Institucionais, está coordenando a busca por novos nomes para preencher os cargos vagos.
A situação mobilizou diversos líderes partidários. O presidente da Câmara, Hugo Motta, e outras figuras como Doutor Luizinho, do PP, participaram de reuniões sobre a recomposição. Motta tem atuado como articulador entre as bancadas que se afastaram do governo e a equipe do Palácio do Planalto. A ideia é evitar erros do passado, como a distribuição de cargos que não gerava fidelidade entre os apoiadores. O governo também busca mapear as indicações para garantir que os aliados se mantenham fiéis durante as votações.
A reaproximação com os partidos é vista como uma tentativa de melhorar a relação com os deputados, especialmente em um momento em que muitos se queixam da lentidão na liberação de emendas. José Guimarães, líder do governo na Câmara, afirmou que a gestão petista demorou a agir, mas agora as exonerações são um passo necessário. Apesar das dificuldades, alguns parlamentares que perderam suas indicações estão abertos ao diálogo, o que pode facilitar a recomposição da base no próximo período.
Para acompanhar as sessões do Congresso e as iniciativas do governo, é possível acessar os canais oficiais da Câmara e do Senado. Além disso, os cidadãos podem fazer denúncias e sugestões através dos canais disponibilizados pelas casas legislativas. O próximo passo da gestão será a liberação das emendas e a continuidade das tratativas com os partidos, visando garantir apoio nas votações até o final do ano.