Na última segunda-feira (20), Guilherme Piai, secretário da Agricultura de São Paulo, falou sobre as investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que envolvem sua gestão. Ele negou qualquer tentativa de obstruir as apurações e afirmou que as acusações partem de ex-servidores demitidos por falta de competência. O MP-SP já abriu 147 inquéritos, resultando em 12 ações civis por supostas irregularidades em pagamentos realizados na última semana de 2022 a empresas que atuam em conservação de estradas rurais.
Os relatos dos servidores demitidos indicam que suas demissões foram motivadas por descobertas de irregularidades. O ex-secretário-executivo da Agricultura, Marcos Rogério Böttcher, mencionou que uma das demissões foi ordenada pelo governador Tarcísio. Piai, Tarcísio e o ex-secretário Itamar Borges (MDB) participaram de um evento sobre o mercado de cana-de-açúcar em São Paulo. Embora o governador não tenha falado com a imprensa, Piai comentou que parte das investigações já foi arquivada, mas sua assessoria logo corrigiu, afirmando que o MP-SP decidiu continuar com as apurações.
O promotor Ricardo de Barros Leonel, responsável por 13 ações em andamento, destacou que as investigações prosseguem porque um órgão técnico do MP-SP identificou irregularidades nos pagamentos feitos pela secretaria. A equipe de Piai se comprometeu a colaborar com as investigações e a enviar informações necessárias ao MP-SP. Ele reforçou que a gestão atual não possui apontamentos negativos do tribunal de contas e que está aberta ao acompanhamento e fiscalização.
Para quem quiser acompanhar as sessões sobre o caso ou fazer denúncias, é possível acessar o site do MP-SP, onde estão disponíveis informações e documentos relacionados às investigações. Nos próximos dias, o MP-SP deve continuar a tramitação dos inquéritos e manter a população informada sobre os desdobramentos da investigação.