A superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, Keli Cristina de Souza Gali Guimarães, foi condenada a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por peculato e lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada pelo juiz federal Guilherme Roman Borges no dia 9 de outubro, após uma investigação que começou há dez anos e envolveu o Instituto Confiancce, alvo da Operação Fidúcia, iniciada pela Polícia Federal em 2015. O advogado de Keli, Antonio Figueiredo Basto, afirmou que a defesa pretende recorrer e que a sentença ainda não tem efeito prático imediato.

O governo do Paraná se manifestou dizendo que os fatos que levaram à condenação são antigos e não se relacionam com o trabalho atual de Keli. Eles destacaram que o juiz mencionou que não haveria motivo para perda do cargo, uma vez que não existe conexão entre os crimes e a atuação dela na superintendência, criada em 2022 para articular ações com a sociedade civil. Keli já havia enfrentado problemas legais anteriormente, com uma condenação em 2018 que foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 2019, após a defesa alegar interceptação telefônica ilegal.

As investigações do Ministério Público Federal apontaram que entre 2008 e 2014, Keli e outros usaram o Instituto Confiancce para fraudar licitações e desviar recursos, o que foi identificado em auditorias da Controladoria-Geral da União a partir de 2011. Além da condenação criminal, ela enfrenta uma ação civil por improbidade administrativa na 1ª Vara Federal de Curitiba. Para quem deseja acompanhar o caso, é possível acessar os documentos e informações sobre as sessões na Justiça Federal e verificar os canais de denúncia disponíveis. A defesa de Keli aguarda os próximos passos do processo, que segue nas instâncias superiores.