João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo, fez história no atletismo ao conquistar a medalha de ouro no salto triplo nos Jogos Pan-Americanos de 1975, realizados na Cidade do México. Com um salto incrível de 17,89 metros, ele superou a marca anterior, que estava nas mãos de lendas como Adhemar Ferreira da Silva. A altitude de 2.240 metros, que reduz a resistência do ar, certamente ajudou, mas João sempre deixou claro que sua habilidade ia além das condições climáticas.

Ao longo de sua carreira, João também se destacou em outras competições. Em 1978, ele alcançou a marca de 17,44 metros em Bratislava, o que era considerado a melhor performance ao nível do mar na época. Sua trajetória no salto triplo o colocou ao lado de grandes nomes do esporte brasileiro, como Geraldo de Oliveira e Nelson Prudêncio. Após o sucesso no Pan, ele se tornou uma grande aposta para as Olimpíadas, mas teve sua trajetória marcada por lesões e desilusões. Em 1976, ele buscou o bronze, e em 1980, em Moscou, ficou em terceiro lugar com 17,22 metros, apesar de muitos acreditarem que ele tinha potencial para saltar acima de 18 metros.

A vida de João do Pulo teve altos e baixos. Após um trágico acidente de carro em 1981, ele enfrentou uma longa recuperação que culminou na amputação da perna direita. Além de suas conquistas no atletismo, ele se aventurou na política, sendo eleito deputado estadual em São Paulo. No entanto, sua vida pessoal foi marcada por dificuldades, incluindo problemas financeiros e de saúde. João faleceu em 29 de maio de 1999, em um estado de reclusão, após anos de desafios. Sua história é um lembrete da grandeza e da fragilidade da vida de um atleta.