Recentemente, a imagem de Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido como torturador pela Justiça brasileira, passou por uma reavaliação. Ustra, que faleceu em 15 de outubro de 2015, foi homenageado em 2016 por Jair Bolsonaro durante o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. No entanto, conforme observam especialistas, as manifestações a favor do coronel diminuíram, refletindo a perda de força do bolsonarismo.
Ustra foi uma figura central na repressão durante a ditadura militar, liderando o DOI-Codi de 1970 a 1974 em São Paulo, onde são atribuídas a ele várias torturas, incluindo a de uma mulher grávida e o sequestro de crianças. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, 434 pessoas foram vítimas do Estado nesse período, embora historiadores afirmem que o número real de vítimas seja ainda maior. Apesar do reconhecimento judicial de sua conduta, Ustra não enfrentou penalidades, uma vez que a condenação ocorreu em um processo cível.
Atualmente, mesmo com a desaceleração do bolsonarismo, homenagens a Ustra ainda aparecem no Legislativo. Em uma recente fala na Câmara dos Deputados, o deputado Delegado Caveira (PL-PA) defendeu o coronel, ressaltando sua suposta proteção ao país. Por outro lado, familiares de vítimas da ditadura expressam indignação com essas homenagens, considerando-as uma ofensa. Eles relembram os horrores vividos e pedem que a história não se repita, especialmente em relação a possíveis anistias a figuras como Bolsonaro.
Se você deseja acompanhar as discussões sobre esse tema, pode acompanhar as sessões da Câmara dos Deputados online, onde as falas dos representantes estão disponíveis. Além disso, é possível acessar documentos e propostas diretamente nos canais oficiais do Legislativo. O cenário político segue em transformação, e a continuidade desse debate é importante para a sociedade.